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MARCO DINIZ

fine photography

The Painter, Paris, France, 1998

Lilith # 2, Belo Horizonte, 2009

le rouge et le noir, Belo Horizonte, 2009

Washing the Sacre-coeur, Paris, France 1998

BIOGRAFIA

Marco Diniz, brasileiro, autodidata, passou vários anos entre a França, Bélgica, Inglaterra, Brasil Estados Unidos e Canada. Diplomado em Francês e Civilização Francesa pela Sorbonne, em Paris, navega entre o mundo das artes e a vida acadêmica como tradutor, professor e coordenador de francês.

Tem trabalhos publicados em diversos jornais e revistas e exposições individuais no Brasil (Centro Cultural UFMG, Café com Letras, Centro de Referência do Audiovisual-CRAV, entre outros) e em Nova York (Ward Nasse Gallery, Soho).

Desde 2011, vive e trabalha em Montreal onde estudou História da Arte e terminou um mestrado em cinema, paralelamente à sua prática fotográfica.

Geni Crying - Belo Horizonte - Brazil - 2009
Christ on The Rain - Belo Horizonte - Brazil - 1997
The Book of Your Life - Belo Horizonte - Brazil - 1997
Sister on The War - Belo Horizonte - Brazil - 1997
Jeanne d'Arc #2 - Belo Horizonte - Brazil - 2009

Exposições:

Um olhar sobre o espaço da morte
Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás – Goiânia/2017

Poor banished children of Eve
Galeria Café com Letras – Belo Horizonte/2009

Un regard sur Paris
Diamond Mall – Belo Horizonte/2009

A Grande Passagem
Solar da Baronesa – Santa Luzia/2009

The Mirror of the Soul
Ward-Nasse Gallery – Soho-New York/2004

A Grande Passagem
Fundação ArcelorMittal – Timóteo/2000

No Bonfim da Vida
CRAV – Centro de Referência do audiovisual e Capela do Cemitério do Bonfim – Belo Horizonte/1999

A Morte Suave
Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte/1999

Arraial da Boa Viagem de Curral del Rey
Casa do Centenário – Banco Itaú – Serraria Souza Pinto – Belo Horizonte/1997

Un regard sur Paris
Aliança Francesa – Belo Horizonte/1997


Publicações:

• Tranches de vie #3

Livro de fotografias (coletivo) edição bilingue francês-inglês, editado em Bruxelas (Bélgica) em abril de 2020 por Husson Éditeur.

Fotógrafos vivos ou que já partiram, temas que vão desde os clubes de jazz do Sul dos Estados Unidos ao ZAD de Notre-Dame-des-Landes, dos grupos de skatistas marroquinos aos curandeiros de Malabo, dos « mods » de Brighton aos travestis de Montreal. A riqueza temática das antigas revistas da Life.


• Um olhar sobre o espaço da morte

Catálogo bilíngue da exposição homônima – Goiânia – novembro/2017 

 

• Yékity – Filme documentário, Brasil, 24 min. Vida, arte e resistência cultural no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.

Yékity, filme documentário de 24 minutos, é um poema visual, a vida fio a fio, contada pelos habitantes do Vale do Jequitinhonha; uma verdadeira colcha de retalhos construída por seus protagonistas. O fio condutor é o próprio rio, antes e depois da chegada da luz, e seu legado histórico e cultural, das primeiras nações indígenas, dos quilombos, até a chegada dos ex-combatentes da Guerra do Paraguai. Ora na fala do frei holandês radicado na região, Francisco van der Poel, ora na fala dos compositor e cantor Rubinho do Vale, ou na música de Nino Aras, o filme mostra a cultura local e dá voz às artesãs, artistas populares, através da música, de suas lendas, de sua arte e de suas histórias.

Direção de Marco Diniz com fotografia de Wagner Tibiriça e edição de Felipe Carrelli.

Black Tie Man - Paris - France - 1994
The Baroness - Paris - France - 1998
The Twin Ladies - Paris - France - 1998
The Angel over The Family - Paris - France - 1998
Tuileries - Paris - France - 1995
Dali - Paris - France - 1994
Beaubourg - Paris - France - 1993
Café de la Paix - Paris - France - 1994
Word Cup Paris - France - 1998
The Socialist - Paris - France - 1994
The Dalmatian Charmer - Paris - France - 1995
The Beggers and The Model - Paris - France - 1994
New York from the Queens - New York - NY - 2004
The Big Botle - New York - NY - 2004

SOBRE A CRIAÇÃO

No decorrer dos anos 90, comecei meu trabalho em preto e branco, inspirado nos grandes mestres da fotografia humanista francesa, como Édouard Boubat (1923-1999) e Robert Doisneau (1912-1994), de quem herdei o olhar e através do qual descobri Paris. Pude observar a cidade na corrente dos fotógrafos do pós-guerra, e minhas primeiras explorações do meio consistem essencialmente em revelar a alma singular desta cidade onde vivi durante 8 anos. Minhas produções parisiense, e em seguida brasileira, está intimamente ligada à minha experiência de flaneur solitário e observador, atento às particularidades visuais e culturais da paisagem urbana, à humanidade que ali habita, bem como aos vestígios do passado. No acaso dessa caminhada e de alguns encontros, pude captar uma multiplicidade de momentos furtivos, insólitos ou divertidos: cenas quotidianas que, escrupulosamente enquadradas para serem fotografadas em preto e branco e reveladas segundo as técnicas tradicionais, revestem de nostalgia e poesia a aura das imagens que aparecem na câmara escura.

 

Nos últimos anos, minhas pesquisas têm se concentrado mais especificamente em torno de dois temas centrais que: a morte e o feminino. Concebi meu processo de criação fotográfico como um meio de confronto e apreensão destes dois grandes enigmas da existência – a alteridade do homem vivo, e a alteridade sexual – que, do ponto de vista da psicanálise, corresponde igualmente aos mais profundos medos do homem. A partir de uma longa e íntima frequentação ao Cemitério Père-Lachaise em Paris, e ao Cemitério Bonfim, em Belo Horizonte/Brasil, pude mostrar, com a exposição “A Grande Passagem” (Centro Cultural UFMG, 1999), a inquietante beleza desses lugares transitórios e limítrofes – “lugares outros” ou “heterotopias”, segundo a expressão de Michel Foucault – em que coabitam os vivos e os mortos. Centenas de fotogramas de mausoléus, esculturas, epitáfios, estátuas monumentais, são o resultado desse trabalho que expressa uma relação de empatia com esses lugares de luto e memória, onde rondam secretamente nossos desejos, nossos medos e fantasias latentes.

A tensão entre Eros e Tanatos que se desprende deste tema se encontra precisamente no centro de meu mais recente projeto sobre a representação de mulheres mártires da história ocidental. As cenas, recriadas em estúdio a partir de uma livre interpretação de figuras históricas ou míticas, mostram personagens femininos (Lilith, Joana d’Arc, Ana Bolena) cuja potência sexual foi acentuada ou teatralizada, ressaltando assim a ameaça que elas representam para a identidade masculina. Este trabalho, identificado com os temores do sexo masculino, aborda igualmente a questão da transexualidade, da homossexualidade e da opressão ligada ao gênero, sobretudo no que tange à cultura brasileira (Geni) e a alusão feita ao Vermelho e o Negro, de Stendhal. Na linha mestra deste trabalho, em que se percebe a relação intrínseca e extrínseca do homem com « o outro sexo », redireciono o olhar para a condição feminina, tal qual ela é vivida em Montreal, onde ronda ainda o fantasma perturbador do espectro relativo ao massacre da Escola Politécnica em 1989. Através da fotografia, procuro compreender, através de um olhar masculino e também estrangeiro a realidade inscrita no inconsciente coletivo desta sociedade.

 

Embora tenha produções em cor em meus últimos trabalhos, além de alguns processos alternativos, meu fio condutor ainda é o preto e branco, os métodos convencionais que me permitem produzir uma imagem instantânea, sem retoques ou montagens. Meus próximos trabalhos serão fruto de reflexões acerca dos parâmetros técnicos e de procedimentos realizados em laboratório, do estatuto material do negativo e de sua possível destruição, uma vez a foto impressa. Procuro assim me engajar em novos caminhos, relançar meu processo de criação e aprofundar a dimensão reflexiva de meu olhar.

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